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GRANDE DELTA
António Sérgio e Ana Cristina continuam nas sagas cibernáuticas

Plano de Emissão

- Semana de 08 a 12/09 -


Aqui vai mais uma memo on-line para outra visita ao "Grande Delta". Como repararam, as temperaturas registadas no passado mês de "seca" aconselham que se percorra o Delta o mais slow-pock possível. Ou seja, apetece de repente despejar uns shots de Atari Teenage Riot, mas como dizia John Peel, só com uma ambulância por perto.
Ainda para refrescos sonoros Moist, Manbreak, Turbo Junkie, Supernaturals, Massive Attack, Chumbawamba, Feline, World Party, Jesus Jones no novo "Already", Quickspace, Violent Femmes.

António Sérgio


APARIÇÕES (Ana Cristina)

... eram as Aparições de fantasmas condenados a perseguirem-nos até ao fim dos tempos.
Esta semana a voz pertenceria a William S. Burroughs, frases soltas retiradas de "My Education: a book of dreams", uma edição Picador de 1995:

" I repeated, "I will remember my dreams."
Dream long enough and dream hard enough
You will come to know
Dreaming can make it so ...

But they are cutting off our dreams - dreams dont't mean
much, they say, and proceed to make it so. Night after night,
with no dreams I can remember... I can feel the Wiper wipe
away dream traces ... Wipe. Wipe. "


Ana Cristina


COLHER DE BLUES

Na "Colher de Blues" (4 vezes por semana) é obvio que se iriam recuperar velhos registos do inimitável Johnny Coeland (RIP).


ESPANTA ESPÍRITOS
(Ana Cristina)

3ª feira repetição do programa-reencontro com Shawn Smith no interior dos Brad, com INTERIORS como banda sonora.

5ª feira estava em agenda para uma sonorização que traria a voz de Massimo Troisi, naquele momento único em captura os "Suoni Dell'Isola" e os identifica sem recurso a metáforas. A banda sonora de Il Postino, pertence a Luis Bacalov, mas o que nos faz espantar os espíritos é o pequeno núcleo de artistas que se reuniram em torno da história que relata o exílio de Pablo Neruda , para voluntariamente solicitarem à Miramax a edição de uma banda sonora onde se incluem leituras dos poemas do "guerreiro das palavras de amor" estraídos de Vinte Poemas de Amor y Una Canción Desesperada, Cien Sonetos de Amor.

A esta banda sonora, chamam os seus autores, A Valentine to Pablo Neruda e embora a ideia original partisse de Julia Roberts que mal viu o filme confessou o seu fascínio pela poesia de Neruua, pela performance única de Massimo Troisi e pela Mestria de Michael Radford, aglotinou nomes tão dispares como William Dafoe, Andy Garcia, Madonna, Glenn Close, Samuel L. Jackson, entre outros.

Num regresso às "palavras" que falta nos faz o SOM - mesmo que fosse o desta ilha minúscula que dá por XFM.


Ana Cristina


SANTUÁRIO

Às quartas o "Santuário" - Pena é mesmo não ter podido fazer um "especial" sobre um dos ícones do delta, Nusrat Fateh Ali Khan! Há quanto tempo o seu canto soava por aqui. O Paquistão festejava os seus primeiros 50 anos de independência e logo chorava o seu maior cantor.
Mas fica em agenda, tal como nos fica o amargo causado pela ignorância da comunicação social portuguesa que nada soube dizer.
Nusrat cantou por todos nós! Até pelos desafinados...

Nas recordações resolvemos recorrer aos Drop Nineteens, Comateens e Talking Heads (early stuff).

Nas novidades uma saliência para o album "How Bees Fly" dos norte-americanos Hazeldine. São de Albuquerque, Novo México e o som é um gigantesco arrastar por desertos onde cada heroica planta sobrevivente parece ser um aviso sério a todos nós.

No Lp há uma versão de "Fuzzy" bem a propósito. (O original é de Grant Lee Philips) Hazeldine chegou-nos pela Glitterhouse em edição germânica. De resto, porque não confessar que mesmo sem trazer nada de novo "Be here Now" tem momentos de surpreendente eficácia. Os Oasis estão no sítio deles (o habitual é no topo da pilha) e recomendam-se aos detratores habitantes na infinita barrela de recicladores com menos mais ou nenhumas ideias, há uns tempos escondidos por trás de rótulos como jungle, schagzeug und bass, trip hippy hop (ou hope), endless senseless brainless breakbeat mania, etc.

E já agora alguém sabe o que andou Tricky a fazer no "Quinto Elemento" senão figura de atrasado mental. Foi a febre, dizem-nos...

António Sérgio

xfm@etc.pt