O destino da Terceira Idade parece ser, cada vez mais, nos moldes em que a nossa sociedade está organizada, os lares. Com condições nem sempre aceitáveis, este tipo de organizações vão proliferando de forma ilegal. Caso a reter é a falta de preocupação das famílias em saber antecipadamente se a instituição que escolheram para os seus idosos está devidamente licenciada. Recentemente aconteceram acidentes de grande gravidade em vários lares, alguns ilegais. Com muito luxo ou sem as mínimas condições, nenhum lar deve abrir as suas portas sem a devida autorização e depois de verificadas pelas entidades competentes as condições de segurança. Por outro lado, as famílias devem cuidar dos seus idosos, nem que para isso tenham que reclamar do Estado - e têm todo o direito a fazê-lo - mais condições para que esse seu dever possa ser satisfeito, para além das que já existem. O grave acidente ocorrido há dias em Birre, Cascais, deve constituir uma séria reflexão sobre o destino da Terceira Idade. O lugar dos idosos é junto da sua família e não nos lares, ainda que de grande luxo.
O nosso Sistema Nacional de Saúde não abrange imigrantes estrangeiros, originários da países não comunitários, mesmo que estejam legalizados e façam descontos. Quer isto dizer que, mesmo legalizados e a fazer descontos, não têm direito a "baixas" nem a comparticipação nos medicamentos. As consultas e tratamentos têm que ser pagos. Segundo o diário "O Comércio do Porto", o Estado português está a receber dos descontos dos imigrantes uma verba que ronda os 31 milhões de contos. Esta será uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de construção, Madeiras , Mármores e Pedreiras. Esta situação será sustentada por uma Circular Normativa de 1993, renovada por uma nova circular, de Março último, da Administração Regional de Saúde do Norte que deixa bem expressa a recomendação de "deve ser acautelada a forma de prescrição de medicamento e meios complementares de diagnóstico e a emissão de credenciais de referenciação a outros serviços, de forma a que não resulte qualquer tipo de comparticipação por parte do SNS".
As várias organizações de trabalhadores cristãos mostram-se cada vez mais preocupadas com a presente situação social em todo o país. A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) está atenta aos problemas sociais que se têm adensado na arquidiocese de Braga. A situação de guerra que se vive no mundo e a influência que isso tem na vida dos trabalhadores, com a crescente insegurança geral. O crescendo encerramento de empresas de têxteis e confecções e o grande número de imigrantes a trabalhar no distrito foram assuntos tratados na Assembleia Diocesana, realizada há dias 28 em Braga. Os militantes mostraram-se preocupados com a perda de postos de trabalho, quando "não falta trabalho".
A questão dos imigrantes vindos, particularmente de Leste, foi igualmente trabalhada. Para a LOC/MTC, não está em causa o afluxo de imigrantes, mas sim a forma como são acolhidos e respeitados. Muitos imigrantes vivem em condições péssimas e sem nenhum apoio na saúde". Este "é um problema novo", mas que é preciso prevenir, antes que ele "ganhe contornos de algum racismo ou xenofobia.
Uma Magna Carta para o Turismo Religioso foi assinada na Sé de Braga pela Associação Comercial de Braga, por representantes das dioceses de Braga, Viana do Castelo, Lamego, Santiago de Compostela e pela Ministra do Planeamento, Elisa Ferreira. Este projecto será financiado a fundo perdido, em 70%, pelo Quadro Comunitário de Apoio.
O objectivo final é criar uma Agência de Turismo Religioso que, em articulação com as agências de viagens e regiões de turismo, irá promover e disponibilizar conteúdos e organizar os mesmos, de forma a torná-los mais apelativos e mais aptos a receber turistas. Uma vez em funcionamento, a Agência irá ainda disponibilizar brochuras e roteiros turísticos sobre as dioceses aderentes.
Nascido da solicitação do Cabido Metropolitano e Primacial de Braga, este projecto procura colmatar "a inexistência de um plano de actividades no turismo religioso". Com a assinatura da Magna Carta para o Turismo Religioso vão começar a dar-se os primeiros passos. Sistematizar e tipificar o património religioso nas suas vertentes arquitectónica, cultural e religiosa vão ser as prioridades. Além disto, a Associação Comercial de Braga e as dioceses envolvidas no projecto vão promover o estudo dos pontos de turismo religioso, animar sessões de informação para sensibilizar para este tipo de turismo, realizar missões técnicas ao estrangeiro para ver o que fazem outras operadoras desta área e criar uma estrutura assistencial técnica, procurando captar o interesse de jovens licenciados, em áreas próximas ao turismo religioso, dotando-os de formação específica para este trabalho.